Uma criança assassinada em um carro no Rio de Janeiro enquanto voltava com a mãe e irmão para casa. Apenas 3 anos separaram seu nascimento de sua morte. Uma ação desastroza dos policiais que praticam ao pé-da-letra a política do "atirar para depois perguntar".
Todos - mídia, sociedade, políticos - rechaçando os policiais e a terrível falha que cometeram. Certos. Índices de mortes por policiais no Rio, relatórios comprovando a falta de experiência dos homens da lei, uma infinidade de motivos e justificativas para condenar os caras, mas até agora ninguém pensou no lado dos fardados. Por quê? Simplesmente porque assim é mais fácil.
Não nego que os policiais erraram e por isso devem pagar pelo crime que cometeram. Porém, pensem na situação de um policial no Rio de Janeiro ou em outro capital aonde o cotidiano bélico (quero ver quem nega que eles estão no meiode uma guerra) e a incerteza de morrer/viver tomam conta de cada pensamento do sujeito que recebe pouco mais de dois salários mínimos por mês.
Policial virou o alvo móvel mais cobiçado por bandidos. É um dos motivos, pois, de tantos policiais se "debandarem" para o lado negro da força, além de outros atrativos. Lutar contra o crime e esperar pelo tiro nas costas ou se aliar a ele usufruir das benesses da maldade?
Você arriscaria sua vida por R$ 900,00/mês? Você encararia um carro com todos os vidros escuros, à noite, após uma perseguição a bandidos com fuzis, metralhadoras, pistolas do mesmo jeito que aborda sua mãe no portão de casa?
Esperar o primeiro tiro para revidar? Se esperarem o primeiro tiro de um fuzil para depois atirarem vão tomar tanta bala na cara que nem com exame da arcada será possível reconhecê-los.
Ressalto aqui que os policiais devem e vão pagar pelo homicídio do garoto. Mas quero ver quantos aqui, na situação deles, fariam diferente. O aprovado "senta o dedo nesta porra" não deixa de ser uma execução sumária e mesmo assim você adorou.
1 comentários:
Aloha!
Alguns pontos não devem ser esquecidos, e nem pode ser minimizados:
1) quem entra para a polícia sabe quanto vai ganhar;
2) mesmo sendo alvo móvel, o procedimento deles foi errado, eles não iam prender ninguém, apenas executar;
3) "advogados" defendem bandidos (e defendem banqueiros também!);
4) nossa justiça (minúscula intencional) "concede" direito a bandidos, Beira-Mar quase volta pro Rio;
5) a polícia carioca ( ou fluminense, pois é estadual) tem integrantes que adoram o poder, conseguido com o uniforme (and the chicks for free).
O problema é muito grande, mas precisa de muito mais que pedidos de desculpas oficiais ou críticas pessoais do pessoal de cima, como secretário e governador (minúscula intencional, de novo).
Vai até o supremo e à presidência (minúscula intencional, mais uma vez!).
E nós pagamos as contas, incluindo sangue, lágrimas e sonhos interrompidos.
Aloha!
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