Extraído da Gazeta do Povo, versão online, de 02/03/2007.

Requião diz que salário está dentro da lei e que ex-governadores do PR também ganham R$ 24,5 mil por mês

Governador do Paraná disse, em entrevista ao ParanáTV, que "é um salário para governar o Estado do Paraná".

Um dia após a divulgação do levantamento dos salários dos governadores, que apontou o recebido por Roberto Requião (PMDB-PR) como sendo o mais alto do Brasil, o governador do Paraná reagiu.
Em entrevista à reportagem do Paraná TV, Requião disse que o vencimento está dentro da lei e que os mesmos R$ 24,5 mil que ele recebe mensalmente, os ex-governadores Jaime Lerner e Paulo Pimentel, ambos aposentados, também recebem.
Além de Pimentel, Lerner e Requião, ainda recebem por mês R$ 24,5 mil os ex-governadores João Elísio Ferraz de Campos, Jaime Canet e Mário Pereira. "A diferença é que eles estão aposentados. Eu já fui governador e não me aposentei", disse. "É um salário para governar o estado do Paraná", completou Requião.
No Paraná, o salário do governador foi atrelado ao dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2002, quatro dias do fim do mandato de Lerner, definido pela Lei Estadual 13.981. Entretanto, todo reajuste precisa passar pela Assembléia Legislativa. O último aumento aconteceu em dezembro do ano passado, quando os deputados aumentaram o salário de Requião de R$ 21,5 mil para R$ 24,5 mil, por meio de uma proposta de resolução.
Se comparado com o último salário pago ao ex-governador Jaime Lerner em dezembro de 2002, quando saiu do cargo, o aumento do salário de Requião é de 113% - pulou de R$ 11,5 no final de 2002 para os atuais R$ 24,5.
Nos dois demais estados da região Sul, os governadores estão entre os três salários mais baixos. A gaúcha Yeda Crusius (PSDB) recebe pouco mais de R$ 7 mil e é a mais mal remunerada. Em antepenúltimo lugar fica o catarinense Luiz Henrique da Silveira, colega de partido de Requião, que ganha R$ 10 mil. Em comparação com o salário recebido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Requião ganha quase três vezes mais.

Veja o vídeo da reportagem.

Opinião: ouvi dia desses, não me recordo aonde, uma história que falava sobre a mulher do pau. É mais ou menos assim: uma mulher era casada e todo dia levava umas duas surras de pau do seu marido. Dia após dia ele descia o cacete nela, com vontade, sem dó. Os vizinhos ouviam os gritos e tentavam convencer ela a ir para a delegacia, registrar queixa. Ela sempre se recusava, dizia que as coisas poderiam ficar piores e era melhor deixar do jeito que estava. Certo dia o marido morreu e o casamento de vários anos terminou. Terminaram também as surras diárias. Passou-se um dia, passou-se outro e os vizinhos começaram a ouvir umas batidas seguidas por gemidos. Eles, então, subiram o muro para ver o que estava acontecendo e eis que se deparam com a vizinha. Ela havia amarrado uma corda na árvore dos fundos e na ponta da corda havia um pau - o mesmo pau que seu marido lhe batida. Assim, duas vezes por dia, ela dirigia-se até a árvore e ficava empurrando a corda fazendo com que o pau acertasse o seu corpo.
Não seríamos nós, o povo, a mulher da história? Será que já não nos acostumamos a levar porrada? Estamos tão condicionados a apanhar que esperamos a nossa coça diária, duas, três, quatro vezes ou mais... por dia... e amanhã temos certeza que apanharemos mais.

1 comentários:

Irmão Fabiano disse...

Realmente não vivemos em um país sério...