14 de ago. de 2006

Crônica: sem noção


"Sexta feira, fim do expediente. Um dia estressante.
Hoje eu malandramente previ o megaengarrafamento da perimetral e voltei do Rio de barca.
Eu gosto de andar de barca porque é mil vezes melhor que voltar num ônibus lotado.
Enquanto no ônibus você se espreme e fica passando um monte de sujeito que claramente não toma banho nunca, ou na melhor das hipóteses, tem o desodorante vencido no fim do expediente se esfregando em você, a barca é mais relax.
As vantagens são inúmeras. A primeira delas é o ventinho. O ventinho que sopra do mar é uma beleza. A tranquilidade do atravessar da baía da Guanabara, o silêncio que faz lá no meião, a vista, as ondas e o brilho dos prédios na água oferecem uma boa distração para o passageiro que prefere não dormir.
Enquanto isso, o ônibus oferece um som ambiente de qualidade. Pagodão chulé ou músicas de novela das sete. Qualidade duvidosa.
Mas hoje eu voltava de barca e aproveitava pra ouvir um som no meu inseparável radinho, quando algo que mais pareceu uma briga me chamou a atenção. Tirei o fone do ouvido pra tentar entender e para meu mais absoluto espanto, estava ali, bem atrás de mim, um CULTO EVANGÉLICO.

PORRA!

Um culto evangélico na BARCA??? No fim do expediente? Todo mundo cansado e uma meia dúzia de crente babaca sem noção sacam um violão e vários folhetos e começam uma cantoria chata pra caramba."

(continua...)

Gumpado do Mundo Gump (o melhor das 'crônicas').

[Sermão: há se fosse na Diogolândia...]