"Eu entrei na água, assustado com o que poderia acontecer, e nadei até essa foca leopardo. Minhas pernas estavam tremendo, e eu estava com a boca seca... E imediatamente ela largou o pinguim. Veio na minha direção e abriu a boca... A sua cabeça tinha o dobro do tamanho da cabeça de um urso cinzento [grizzly bear]. Era imensa. Ela colocou toda a minha cabeça e a câmera dentro de sua boca e fez uma exibição da garganta, e aí aconteceu a coisa mais fantástica...

Ela saiu e pegou um pinguim vivo para mim. Veio e começou a dar o pinguim para eu comer. Ela soltava esses pinguins vivos, o pinguim disparava para longe, e ela olhava aborrecida enquanto passava por mim. Fez isso várias e várias vezes.

E aí acho que ela deduziu que eu era um predador inútil em seu oceano que provavelmente estava para morrer de fome. E acho que ela ficou bem apavorada, e começou a me trazer pinguins fracos; depois, pinguins mortos; e aí, me mostrou como comer os pinguins – ela me oferecia pinguins parcialmente consumidos. Começou a pegar os pinguins e empurrá-los à minha câmera – acho que pensou que a câmera era a minha boca, o que é o sonho de todo fotógrafo. Isso ocorreu por quatro dias.

Então eu fui à Antártica para fotografar esse animal potencialmente malvado, e no final vi esse predador, esse grande predador da Antártica, cuidar de mim, me nutrir, me alimentar por quatro dias seguidos. Foi a experiência mais incrível que eu já tive como fotógrafo da “National Geographic”."

1 comentários:

Trazos de la muerte disse...

cuanto mas conozco al "hombre" mas me gustan los animales.