(esta o Castrezana vai amar)
"A Brasil Telecom não conseguiu obrigar a GLB Serviços Interativos a tirar do ar um site com críticas à empresa. A decisão é da juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A empresa é dona do site Kit.net, que hospeda outras páginas gratuitamente. A Brasil Telecom queria tirar no ar o site chamado Eu Odeio a Brasil Telecom.
Segundo a juíza, não há prova sequer da existência deste site. A página não foi encontrada em busca feita na tarde desta segunda-feira (19/5) no Kit.net. Apesar disso, Flávia de Almeida entende que não se pode cercear o direito à liberdade de expressão e de pensamento do cidadão. “Exercer censura sobre a internet, exceto nas hipóteses de crime, seria pôr fim ao seu objeto de unir povos e culturas diferentes no espaço virtual”, entendeu a juíza.
A juíza lembrou que o Kit.net é um serviço de montagem de site, servindo como ferramenta para divulgação de uma página de pessoa física ou jurídica. Flávia afirma que o fato de existir uma comunidade com críticas aos serviços prestados pela empresa não sinaliza qualquer ofensa.
“Pensar diferente, apenas porque o nome da comunidade é 'eu odeio a Brasil Telecom' seria concluir o absurdo: críticas só poderiam ser admitidas se elogiosas fossem! Determinar a retirada do ar de páginas com tal conteúdo representa a utilização do Poder Judiciário como instrumento de censura, o que é inadmissível no Estado Democrático de Direito”, ressaltou a juíza.
Revista Consultor Jurídico, 19 de maio de 2008"
Juíza defende manutenção de sites com críticas a empresas
"A Brasil Telecom não conseguiu obrigar a GLB Serviços Interativos a tirar do ar um site com críticas à empresa. A decisão é da juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A empresa é dona do site Kit.net, que hospeda outras páginas gratuitamente. A Brasil Telecom queria tirar no ar o site chamado Eu Odeio a Brasil Telecom.
Segundo a juíza, não há prova sequer da existência deste site. A página não foi encontrada em busca feita na tarde desta segunda-feira (19/5) no Kit.net. Apesar disso, Flávia de Almeida entende que não se pode cercear o direito à liberdade de expressão e de pensamento do cidadão. “Exercer censura sobre a internet, exceto nas hipóteses de crime, seria pôr fim ao seu objeto de unir povos e culturas diferentes no espaço virtual”, entendeu a juíza.
A juíza lembrou que o Kit.net é um serviço de montagem de site, servindo como ferramenta para divulgação de uma página de pessoa física ou jurídica. Flávia afirma que o fato de existir uma comunidade com críticas aos serviços prestados pela empresa não sinaliza qualquer ofensa.
“Pensar diferente, apenas porque o nome da comunidade é 'eu odeio a Brasil Telecom' seria concluir o absurdo: críticas só poderiam ser admitidas se elogiosas fossem! Determinar a retirada do ar de páginas com tal conteúdo representa a utilização do Poder Judiciário como instrumento de censura, o que é inadmissível no Estado Democrático de Direito”, ressaltou a juíza.
Revista Consultor Jurídico, 19 de maio de 2008"
Sermão do Véio: palmas à juíza. Embora tenha errado em não admitir prova da existência do site só porque foi removido, bem lembrou a magistrada que a liberdade de expressão, devidamente nomiado o seu autor, não deve ser rechaçada pelo Poder Judiciário em processos movidos por grandes empresas.
Há que se coibir o abuso, não nega, mas vetar o livre pensamento nos introduziria novamente na velha ditadura.
1 comentários:
Amei.
Postar um comentário