A Discovery Channel tem dois programas seqüenciais bem interessantes que analisam a ciência do crime: um retrata os crimes praticados por homicidas natos ou patológicos, que possuem a maldade em seus genes; já o outro programa analisa crimes cometidos por pessoas relativamente comuns (estilo Ned Flanders), mas que por um infortuito acabaram cometendo atrocidades.

Sempre fui descrente quanto a esta patologia para o crime. Acrediava que o crime era casuístico, ou seja, algo do momento, da necessidade ou que era agregado socialmente ao ser humano (um ladrão não nasce ladrão, ele vira ladrão). Entendimento contrário àquele praticado na época da Inquisição, aonde as pessoas eram más porque esta qualidade já estava no seu sangue. E agora parece que os queimadores de bruxas estavam certos.



O filme Mr. Brooks (2007) retrata bem o que é um homicida patológico. Nele, Mr. Earl Brooks (interpretado por Kevin Costner) é o homem do ano, rico, inteligente, que possui como hobbies (ou "vícios") esculturas de vidro e... matar pessoas. Por quê? Pelo mesmo fato de você gostar de assistir TV, fumar, comer.



O filme é bom; demonstra o lado do bandido, o lado do cara mau por natureza. E, principalmente, porque me fez pensar que a sociedade não é homogênea neste questão do "não fazer mal aos outros". O caso dos adolescentes mortos pelo Champinha é bom exemplo disso.

Isto é temeroso. Se você seguir uma determinada linha de raciocínio você, em tese, ficaria imune aos resultados danosos de um crime (não reagir a um assalto, por exemplo). Mas, sabendo que existem pessoas capazes de "matar por matar" fica mais difícil. Você pode tomar um tiro na cara por mero deleite de um homicida.

Ahhh... inquisitores, cadê vocês?

PS: ironia do diretor ou mera coincidência, mas a mulher do Mr. Brooks é a mesma que faz uma investigadora de homicídios em C.S.I.

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