Ano: 2000. Estávamos nós, membros desta Irmandade, reunidos na bela cidade de Londrina, norte do Paraná, com a finalidade de prestarmos o concurso chamado Vestibular. As chances eram poucas mas a alegria (não, não somos gays) era muita. Foram 4 dias de provas (3, na verdade, porque o Irmão Éder não acordou no último dia e perdeu a prova de habilidades especiais) e muitas histórias a serem lembradas e contadas.

Uma delas é a de um carinha, muito gente boa, que encontramos em um ponto de ônibus. Não sei o seu nome, não sei se ainda vive ou se está na companhia dos anjos ou no colo do capeta. Mas lembramos* bem da sua música.

Aguardando a vinda do coletivo, esperando ansiosos o momento de desfrute de um jogo de boliche no shopping Catuaí, encontramos a figura que portava uma latinha de cerveja fechada em sua mão. Cantava alegremente uma canção e sorria. Estava numa "água" que dava gosto de ver.

Juntamo-nos a ele.

Ele dizia: Vocês fazem o quê? Nós viemos fazer vestibular, dissemos (talvez de forma irônica). E ele, olhando para o Irmão Gustavo, falava: Então você é o "dotô". Canta comigo.

A latinha de cerveja em sua mão, quente, começou a ser chacoalhada em diversas direções e de sua boca que comportava somente dois dentes, saiu esta canção:


"DONA!!!!! Eu vim de lá... (pausa)
pequenininho...

...DONA!!!! (daí tinha que continuar a música que o cara tinha inventado)

...Esse aqui é professor da universidade!!! (falando pro Irmão Vovô)
...DONA!!!!!"

E o bêbado olhava para o Irmão Gustavo de falava: Canta comigo "dotô". Ao seu lado dava a impressão que o abraçaria de felicidade. Mas o Irmão Gustavo não sabia a letra e pediu de quem era a música. Então ele disse: "Essa música é... é minha uai. Canta comigo dotô!"

O vídeo abaixo foi o que me trouxe novamente à lembrança este fato ocorrido lá em Londrina, época do famoso hotel do Carioca (com c maiúsculo), da punk que havia se convertido em freira e que pulava o muro nas madrugadas londrinenses, do seu Ulisses que comia pimenta pura e que foi expulso de seu país porque seu pai o havia pego fazendo "trocas" com seu amigo, da batida de abacate na rodoviária... ah!, e sim, também de provas de vestibular.



* A lembraça exata da música nos veio por meio da mente insana do Irmão Éder.
O vídeo vi lá no Pilórdia.

2 comentários:

Irmão Fabiano disse...

Bons tempos aquele. Muita festa, álcool, rock'n roll e nada de sexo.

Cinco moleques em Londrina fazendo vestibular. Saldo: nenhum passou, mas até hoje é considerada por mim a melhor de todas as viagens que eu já fiz.

Mesmo os momentos como o do bêbado narrado pelo Ir. Colpani demonstram a alegria de simplesmente se estar lá.

São tantas histórias que apenas quem esteve lá sabe a alegria de vivê-las (agora enxugo uma lágriam que desce ligeiramente de meu olho esquerdo).

Muita, muita, muita zueira!!!

- Dooooona!!!

Irmão Gustavo disse...

como o irmao fabiano mesmo falou, foi a melhor viagem do nosso grupo. Sao tantos os acontecimentos que apenas esta viagem daria um livro. Nao enxuguei as lagrimas, mas a saudade foi grande. Nao podemos esquecer da corrida me motoboys apos o boliche, resultado: Gustavo em primeiro lugar, com uma economia de R$ 1,5