Mais um soldado americano se declarou culpado de ter participado do estupro coletivo de uma menina iraquiana de 14 anos e de assassinar a vítima e a família dela, em Mahmudiya, ao sul de Bagdá, em março.

O sargento Paul Cortez admitiu nesta quarta-feira ter participado de quatro assassinatos, estupro e conspiração para estupro. Ao admitir a culpa, Cortez escapou da condenação à morte.

Em novembro, o soldado James Barker, de 24 anos, havia admitido ter participado do estupro e dos assassinatos em Mahmudiya, e foi condenado a 90 anos de prisão.

O sargento Cortez chorou ao confessar ter estuprado a menina enquanto o pai, a mãe e a irmã dela, de cinco anos, eram mortos a tiros em outro quarto.

Cortez disse que o plano do ataque à família foi traçado enquanto os soldados jogavam cartas, e que a menina foi escolhida porque havia apenas um homem na casa, fazendo dela um alvo fácil.

Ele confessou ter planejado o estupro de Abeer Qassim al-Janabi com três outros soldados, Barker, Jesse Spielman e Steven Green, que foi dispensado do Exército por problemas psicológicos.

Green está preso e aguarda julgamento por um tribunal civil.

Spielman e um quinto homem, Bryan Howard, estão esperando julgamento por uma corte marcial por acusações relacionadas ao ataque.

Todos os cinco homens pertenciam à 2ª Brigada de 101ª Divisão Aerotransportada, um grupo de elite do Exército americano baseado no Estado de Kentucky, onde os julgamentos estão acontecendo.

“Durante o tempo em que eu e Barker estávamos estuprando Abeer, eu ouvi cinco ou seis tiros vindos do quarto”, disse Cortez.

“Quando Barker terminou, Green saiu do quarto e disse que tinha matado todos eles, que todos estavam mortos.”

“Green então se colocou entre as pernas de Abeer para estuprá-la. Quando Green terminou, ele levantou e atirou duas ou três vezes na cabeça de Abeer”, disse Cortez.

O ataque durou cerca de cinco minutos e a menina sabia que sua família tinha sido morta enquanto era estuprada, de acordo com o sargento."

Fonte: BBC News.

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